INSTITUIÇÕES DE FOMENTO À PESQUISA

INSTITUIÇÕES DE FOMENTO
FAPERJ
UNIFESO/PICPq
CNPQ

sábado, 17 de março de 2018

"A ESCOLA DEVE REFLETIR A VIDA REAL", DIZEM OS ALUNOS ...

ttps://g1.globo.com/educacao/noticia/alunos-querem-que-a-escola-reflita-a-vida-real-diz-brasileira-jurada-de-premio-da-unesco.ghtml

Lucia Dellagnelo representou a América Latina na premiação da ONU voltada à utilização de tecnologias na educação; para ela, Brasil peca na falta de incorporação em larga escala da tecnologia nas escolas.

por Mônicas Manir, BBC


BBC Brasil - Quais foram os critérios para escolher os projetos premiados em Paris?


Lucia Dellagnelo - Muitas pesquisas mostram que, para a tecnologia ter um impacto positivo na educação, é importante que seja trabalhada pelo menos em quatro dimensões: visão clara do objetivo, "para que e como vou usar a tecnologia"; competência dos professores e gestores no uso daquela tecnologia; qualidade dos conteúdos e recursos educacionais digitais desenvolvidos; e infraestrutura. Procuramos avaliar quais projetos realmente contemplavam isso, mas também consideramos se aquela política educacional era abrangente e de longo prazo.

(...)

BC Brasil - Onde o Brasil está pecando?


Dellagnelo - Não temos essa incorporação em larga escala da tecnologia nas escolas brasileiras. Oferecemos soluções tecnológicas de vanguarda, as empresas brasileiras não deixam nada a desejar nesse ponto, mas temos iniciativas isoladas no dia a dia escolar. Por quê?


Entre outros motivos, a nossa infraestrutura não é a melhor e o nosso professor não sabe incluir a tecnologia na prática pedagógica dele. Um dos diferenciais do projeto marroquino premiado foi a criação, em parceria com a Coreia do Sul, de centros de formação profissional para professores em várias regiões. O Brasil está precisando disso.


BBC Brasil - Para implementar políticas públicas, são necessários bons gestores. Como estamos nessa categoria?


Dellagnelo - Temos excelentes gestores públicos. O problema é que a gestão pública é confundida com a política. Quando há troca de governo, às vezes um excelente gestor vai para um cargo totalmente secundário para dar lugar a um afilhado político. Então há uma desvalorização contínua. Mas fico bastante impressionada quando vou a Brasília e encontro jovens comprometidos e bem formados eticamente. Acho que está surgindo uma nova geração. Se conseguissem diminuir a ingerência política...


BBC Brasil - Professores jovens têm mais facilidade para implementar a tecnologia na sala de aula?


Dellagnelo - Se faz diferença a geração digital do professor? Não necessariamente. Não é pelo fato de usar constantemente a tecnologia na sua vida que um professor jovem vai saber ensinar com tecnologia. Não está correlacionado diretamente com a idade, e sim com se formar para fazer isso.


BBC Brasil - Essa interação poderia acontecer apenas no plano virtual?


Dellagnelo - Parece um paradoxo, mas, quanto mais a gente usa a tecnologia, mais a gente valoriza na educação os momentos presenciais. Mas esses momentos presenciais não são apenas transmissão de conhecimento. São reflexão, atividades práticas, colaboração entre os estudantes.


BBC Brasil - E dá para ter só tecnologia, sem professor?


Dellagnelo - Não. Essa é uma coisa que as pesquisas estão mostrando. Três relatórios publicados no final do ano passado mostram que é muito importante colocar a tecnologia na mão do professor, e não direto e somente no colo dos alunos. Entre todas as variáveis, talvez a qualidade do professor e da prática pedagógica dele seja a variável mais forte para associar o nível de aprendizagem da criança e do jovem ao mundo tecnológico. Alguém precisa ensinar a eles as implicações e o funcionamento daquela ferramenta.


BBC Brasil - O aluno precisa entender de algoritmo?


Dellagnelo - A Base Nacional Comum Curricular (documento recém-aprovado pelo Ministério da Educação, com as diretrizes básicas de o que deve ser ensinado nas escolas do país) tem uma competência geral que fala em "utilizar tecnologias de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas do cotidiano, incluindo as escolares, para se comunicar".


O Cieb insistiu que "utilizar" não é suficiente. Tem de compreender e também criar tecnologias. O aluno hoje precisa saber minimamente como programar e entender a lógica da programação. Não é que todo muito vai virar programador, mas o aluno tem de entender o algoritmo por trás de um Facebook, de um Google, para compreender como a tecnologia está recomendando coisas que ele acha mágicas: "Ah, como ele sabia que eu queria comprar isso?" Ao entrar na internet, está se deixando rastro. Esse rastro esta sendo cada vez mais explorado por empresas para o marketing, por exemplo.


BC Brasil - Inteligência Artificial é um conceito acessível?


Dellagnelo - Sim, o aluno precisa entender o que é Inteligência Artificial, compreender como é alimentada - alguém forneceu aquele dado, às vezes sua própria pegada digital, seu comportamento nas redes sociais. Parece um ambiente neutro. Como eu não vejo um interlocutor na minha frente, posso falar qualquer coisa e a qualquer hora. A pegada digital, a reputação digital são valores que os professores precisam ensinar para os alunos. Tem que ensinar também a usar as redes sociais para fazer mobilizações, para fazer sua voz ser ouvida.


BBC Brasil - Alguns youtubers brasileiros têm cerca de 20 milhões de seguidores entre crianças e jovens. Qual é a melhor estratégia em sala de aula para lidar com a influência deles?


Dellagnelo - A função do professor é ouvir o que esse youtuber está transmitindo e dizer, se for o caso, "vamos aprofundar, vamos discutir isso aqui". A tecnologia permite mais equidade - alunos de diferentes regiões conseguem receber a mesma educação - e contemporaneidade. Mas é o professor quem precisa fazer essa ponte. É papel dele ajudar os alunos a entender esse mundo.





https://g1.globo.com/educacao/noticia/alunos-querem-que-a-escola-reflita-a-vida-real-diz-brasileira-jurada-de-premio-da-unesco.ghtml

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

AFRICA. ANGOLA.LUANDA


CASA DE CAMINHO ANDRÉ LUIZ. VIANNA. LUANDA. ANGOLA .

 Belíssimo PROJETO SOCIAL  de  EDUCAÇÃO, SAÚDE E TRABALHO às crianças, jovens  e comunidade da Região de Vianna. Luanda. Angola.


A Casa de Caminho possui 422.000 m2, e estão em funcionamento as áreas da Saúde, formação acadêmica e formação profissional. A clínica denominada Dr. AGOSTINHO NETO atende uma média de 600 pacientes. Desde a sua abertura ao público aos 17 de Setembro de 2008 até 15 de fevereiro de 2016 foram atendidos um total de 932.197 PACIENTES, entre adultos, crianças e 10.871 PARTOS. 
GRUPO DE PESQUISA RECEBE MENÇÃO HONROSA

ESCOLA DE JOVENS E ADULTOS BEATRIZ SILVA . 2017


ESCOLA DE JOVENS E ADULTOS BEATRIZ SILVA 2017


INFORMAÇÃO (JURÍDICA) PARA QUEM PRECISA DE INFORMAÇÃO (JURÍDICA)...


ANGOLA e sua belíssima Juventude!